SURPRESA ♡ VAI DESCENDO ↓
Narrador
A segunda Guerra Mundial deixou feridos e mortos. Esperanças para todos aqueles que um dia sonharam no meio de tanta violência um retorno para casa.
No meio de uma batalha histórica a um coração de um soldado em pedaços. Que imagina sua chegada em casa. A tantas coisas que ele quis e quer resolver, tantas coisas a serem provadas.
O bravo soldado enquanto se recupera de um ferimento na perna se via voltadando da onde nunca quis sair. Ele dirigiria até a esquina do mercado, compraria flores, uma, quem sabe duas. E mesmo cansada não tiraria o sorriso do rosto ao pensar em encontrar aquela que jurou sobreviver para poder voltar e recomeçar.
- Tenente Styles - saldou um de seus homens - permição para falar.
- Permissão concedida.
- Seu avião está pronto senhor.
- Ok, obrigado.
Ele pode sentir a palpitação de seu peito. Tão longe de casa, tão longe da sua amada.
Com ajuda de um enfermeiro levantou-se da cama improvisada, caminhou até um pequeno espelho e suspiro ao ver sua imagem. Estava acabado, derrotado, cansado e com cortes pelo rosto e corpo.
Agradeceu o bom homem e saiu da tenda. O cenário não era um dos mais agradáveis. Seu batalhão foi atacado de surpresa durante a noite passada. Seu tio voltou ao amanhecer de seu posto noturno com os cinco soldados que não se feriram por sorte; e encontrou o batalhão 12 derrotado.
Respirou fundo pegando o pouco ar puro e não cinzento. As amulatas de madeira tocavam o chão de terra deixando marcas no solos, marcas como suas cicatrizes. E não digo das cicatrizes que foram feitas pela guerra, e sim as que foram feitas pouco antes de sair de casa.
Naquela tarde, naquele dia, Liam Payne sub-tenente apareceu pouco depois de Barbara dizer a palavra divorcio. Desesperado pediu ajuda a um grande e velho amigo, pois seus homens estavam mortos.
É claro que Harry ajudaria, mas antes de sair jurou a si mesmo, que não teria um fim.
O soldado entrou no avião junto com os soldados feridos e os que suplicarão para ir embora. Sentou-se no chão frio de lata, lá ficou, lá adormeceu. E sonhou acordar quando chegasse na capital da Inglaterra.
Barbara acordou naquela manhã fria com um grande vazio no peito. Ela não entendia o que estava sentindo, mas sabia que não era algo bom.
Levantou-se da cama com muito cuidado para não fazer barulho algum. Pois ao seu lado, numa espece de cesto dormia um anjo, a verdadeira prova que um dia, por algum tempo, por um perido curto talvez, houve amor.
O piso gelado de madeira fez com que um calafrio percorresse todo músculo existente de seu corpo.
Vestiu uma manta quente por cima dos ombros, calçou um chinelo antes de sair do quarto.
O corredor parecia ainda mais vazio e obscuro. Era exatamente como toda a casa estava, vazia e obscura. Sem vida alguma, aquela casa nunca pareceu tão grande, desde sua partida.
- Bom dia querida - diz Elza terminando de por a mesa.
- Bom dia mãe. Já tomou café?
- Já sim, e comprei pão de queijo para você.
A mulher agradeceu com um pequeno abraço antes das duas sentarem na mesa.
Dezessete anos perdidos, e um grande novo recomeço. Elza finalmente pode chamar Barbara de filha. A vontade era grande desde que Marco a procurou. Sim, Marco sabia de tudo, até do plano de Asthon em contar todo a verdade a sua irmã. Por isso foi atras da mulher, com a proposta de rever a filha e quem sabe passar um tempo com ela até toda a verdade ser revelada.
Dona Roberta até hoje não aceita o modo com sua "filha" a tratou aquela tarde, mas podemos dizer que tudo se resolveu com a chegada de mais um membro na familia.
- Harry mandou mais cartas? - perguntou sua mãe lavando a pequena louça que se acumulava na pia.
- Sim - suspirou.
- Você leu?
- Não - suspirou de novo - Faz tanto tempo que ele se foi mãe, a ultima carta foi a três meses atrás...
- Você se importa com ele ainda, não é?
A jovem mulher balança a cabeça assentindo a pergunta. Uma lagrima cai sobre sua pele clara, e outra, e outra... E era assim todos as noites antes de dormir. Ela olhava o seu lado vazio da cama, e depois sentia seu cheiro no travesseiro. Por mais que ele tenha a magoado, por mais que ele tenha quebrado seu coração em milhares de partes, ela ainda se importava. Ela o ama e agora sabe disso.
- Sei que ele deve estar bem querida.
- Espero que sim mamãe, espero que sim.
(De play na musica ao lado → clica)
Acho que é verdade
Não sou bom em casos de uma noite só
Mas eu ainda preciso de amor
Pois sou apenas um homem
Harry acordou com seu tio o chamando. Levantou meio cambaleando por causa do sono e da dura viagem até aqui. Pegou sua mala - que serviu de travesseiro a viagem toda - dando para o tio que ofereceu de levar.
Foi recebido ao quartel general pelo presidente e algumas pessoas importantes do governo. A todo momento todos deram seus sentimentos pelos homens mortos. Havia também algumas famílias dos soldados mortos. Tentou falar com a máximo de famílias possíveis.
Apos sua recepção um carro preto o aguardava. Do lado dele seus dois melhores amigos, Liam Payne e Niall Horan.
- Pensei que não te veria mais - falou Liam dando um abraço apertado.
- Existe um motivo pelo qual lutei para sobreviver - falou. - Como está Niall? - abraçou o amigo.
- Estou bem, e mais aliviado ao te ver bem.
- Pronto para ir para casa?
Parece que essas noites
Nunca vão de acordo com os planos Eu não quero que você vá embora Pode pegar a minha mão?
Os três entraram no carro. Niall dirigia e Liam o acompanharia no banco de trás.
Harry se pegou imaginando como seria sua chegada. E se Barbara estaria o esperando. Talvez ela tenha arrumado outro marido? Um marido de verdade. Se bateu mentalmente por ter pensado nisso novamente.
Passando pelo centro da cidade, pediu a Liam que comprasse flores na esquina do mercado. Ele estava disposto a fazer o que imaginou, um sonho real.
- Esta entregue - diz Liam. O amigo do soldado ajuda-o retirando sua mala e o levando-o até o hall da entrada. - Coragem amigo, vai dar tudo certo.
Oh, por que você não fica comigo? Pois você é tudo o que eu preciso
Isso não é amor, está bem claro
Mas amor, fique comigo
Harry agradece o amigo fiel e entra em casa.
Ah, sua casa. O cheiro era tão familiar, tão doce. Os quadros estavam no mesmo lugar, os vasos de barro pintado a mão por um artesão conhecido estavam com as flores renovadas.
Sentiu um nõ em sua garganta se formar. As lembranças do ultimo dia nessa casa atacaram de tal forma sua mente que não conteve uma lagrima escapar de seus olhos.
Um barulho um tanto estranho para ele, despertou de seus pensamentos. Era fino, parecia mais um ruido. Um choro?
Barbara? Pensou. Ela estaria chorando? Por que?
Ansioso demais para ficar parado, e pensando em milhões de bobeiras - até mesmo em um assalto - se dirigiu as escadas. O corrimão de madeira esta frio, logo percebo que suas mãos suavam.
Por que estou tão emotivo?
Não, não dá pra ficar assim
Preciso de auto-controle
E lá no fundo eu sei que isso nuca funciona
Mas você pode deitar aqui comigo para que não doa
Seus passos longos e sem pressa, passam pelo grande corredor. Ouvindo uma música baixinha e calma. Ele não reconheceu que musica era, muito menos sua melodia, mas reconheceu a voz. Sim ela era. Sua amada, sua mulher, sua Barbara.
- And anytime you feel the pain
Hey, Jude, refrain
Don't carry the world
Upon your shoulders.
Seu coração parou. Tudo passou a ser em câmera lenta.
Ao entrar no quarto, seu quarto, viu a cena mais linda que ja vira antes. Mesmo de costas, pode ver. Seus olhos brilharam, e não era pelas lagrimas que saiam sem parar; e sim pela sua mulher segurando um pequeno bebê nos braços, com um dos seios exposto, balançando numa cadeira que ate então só tinha visto com sua vo.
Caiu derrotado no chão. Assustando a mulher.
Ela por outro lado, mais não tanto quanto ele, sentiu seu mundo parar. E tudo passou como um filme em seus olhos. Seu casamento, as aulas, as noites juntas.
- H-Harry ? - com cuidado retirou o ser pequeno em seus braços e se levantou.
Oh, por que você não fica comigo? Pois você é tudo o que eu preciso
Isso não é amor, está bem claro
Mas querida, fique comigo
- Barbara, eu, eu ...
- Eu achei que você estivesse morto - sussurrou.
- Eu também, quer dizer, não. Eu estou vivo. Por você.
Barbara não segurava as lagrimas. Seu coração estava pequeno e confuso.
- Eu não consigo acreditar.
Harry por sua vez, não pensou duas vezes em se aproximar da amada e grudar seus lábios aos delas.
O leve gosto de morango - sua pasta de dente favorita - os lábios macios e quentes, do jeito que lembrava, retribuíram o beijo. Calmo, mas ao mesmo tempo desesperador. Dez meses, dez longos meses. Os dez piores meses que já foram para ambos. Longe um do outro, lutando para sobreviver, um da guerra e outra da saudade.
Como poderia, Barbara não sentir um aperto no peito?
Um resmungo fez com que os dois parassem o beijo e rissem.
- Q-quem é esse bebê?
- Nossa menina - disse baixo - Lisa, o nome dela é Lisa.
- Nossa ? Ela é minha filha?
- Sim Harry.
Ele não podia estar mais feliz. Meio sem jeito pediu para segurar a pequena menina com vestido amarelo e branco, que logo se aconchegou em seus fortes braços.
Oh, por que você não fica comigo? Pois você é tudo o que eu preciso
Isso não é amor, está bem claro
Mas amor, fique comigo
Depois de alguns minutos ainda com sua filha nos braços, eles resolveram descer e conversar. Afinal, eles tinham muito o que conversar.
- Querida eu vou até o mercado, gostaria... Harry?
- Senhorita Elza - a cumprimentou.
- Ai meu Deus, você esta vivo!
- Sim estou - eles riram.
- Hm, certo. Estou atrapalhando - sorriu amarelo a mulher - Eu vou indo. É bom te ver bem Harry.
A mãe de Barbara se limitou a um pequeno abraço no rapaz antes de sair.
Os dois se sentaram em um dos sofás e apenas se entreolharam.
- Eu sei que errei. Que fui egoísta, que pensei só em mim e que menti e muito a você. Mas, eu nunca menti sobre meu amor. Eu te amo mais do que tudo! E se estou aqui hoje, é graças a você. Você foi o grande motivo de ter lutado para sobreviver.
- Harry...
- Não diga nada - ele se levanta ficando de joelhos sobre ela - consegue sentir ? - pergunta segurando a pequena mão da menina colocando-a sobre seu peito - Consegue sentir os batimentos ? - ela assente - É assim toda a vez que eu penso em você, toda vez que eu te vejo, toda vez que eu te toco. Eu te amo Barbara, sempre vou te amar. E mesmo que você não acredite em mim e que ainda queira o divosrio em sempre irei te amar.
A chuva fina começava a cair. Era como se as nuvens estivesse chorando. Barbara sempre gostou de imaginar as nuvens chorando, por algum motivo o acalmava. E é exatamente o que estava acontecendo. Ela estava imaginando como antes, na janela olhando cada gota, cada partícula caindo sobre a grama verde do quintal.
Ah, como ele s amava.
Ah, como ela sentia sua falta.
- Por mais que eu te odeie por mentir para mim, por ter me enganado eu, eu, não consigo viver sem você - ele sorri - eu te amo Harry.
E como 1+1=2. E que amarelo junto com vermelho é laranja. Barbara e Harry se completaram por um simples beijo.
Oh, por que você não fica comigo? Pois você é tudo o que eu preciso
Isso não é amor, está bem claro
Mas amor, fique comigo
The end!
Bom, é isso. Tudo tem um começo, meio e fim.
O coraçao de um soldado chegou ao fim. Quem diria que uma ideia durante uma prova de historia daria certo? haha
Pois é, nem sei como agredecer a vocês, minhas leitoras que chegaram comigo ate aqui, votando, comentando e sempre fazendo que eu não desistisse. E bah, espero que tenha gostado da fic. Pra quem não sabe essa fic é um presente de 1.5 da minha amiga virtual.
Ja ia me esquecendo, a fic não tera uma segunda temporada pois esse ano vai ser mega corrido, eu ja me formei e agora tenho que ir atrás de construir minha vida ( eu não vou parar, estarei com outras fics minhas)
É isso, o meu muito obrigado e um big abraço de urso em cada um de vocês, eu amei escrever ocuds e espero que vocês também tenham gostado.
comentários, please :)
Bye, @tommochocada (twitter)
